Adolescente de 15 anos foi ferido a faca em escola de Palhoça - SC
Na manhã desta terça-feira, 02/07, um adolescente entrou na Escola Estadual Irmã Maria Teresa, em Palhoça, SC, com 2 facas, atacou um colega de 15 anos e tentou fazer novas vítimas.
Os alunos correram desesperados, a Polícia Militar foi acionada imediatamente e o agressor foi demovido por funcionários da escola e apreendido pela PM antes que outros jovens fossem atingidos.
Segundo apuração, o jovem planejou o massacre na escola durante meses.
Segundo o Ministério Público, que solicitou apreensão do menor por ato infracional, ele teria sofrido bullying nas escolas que frequentou e agiu motivado pelo ódio. Entretanto não há relatos de pais e Professores que confirmam esta versão.
Garantir um ambiente de aprendizado seguro para todos os alunos deveria ser prioridade máxima. Infelizmente, o ataque em Palhoça serve como lembrete contundente da importância de medidas de segurança nas escolas.
Não há, em Santa Catarina, estratégias seguras de prevenção à violência nas escolas ainda que o governo do estado tenha dito que seriam tomadas medidas preventivas após o ataque à escola de Blumenau, em abril de 2023.
À época, o HumanizaSC publicou artigo do Professor da UFSC, Adriano Duarte, intitulado MAIS ARMAS OU MAIS PAZ? criticando as supostas medidas de segurança em escolas prometidas pelo governo de Jorginho Mello que em nada contribuiriam para a redução da violência: aumentar muros e colocar policiais armados dentro das escolas. Leia AQUI.
À medida que nos esforçamos para criar um ambiente seguro para nossos jovens, abordar a segurança escolar é fundamental. Implementar medidas para prevenir a violência entre adolescentes em escolas públicas é crucial para o bem-estar de nossos alunos e da comunidade como um todo.
Entretanto, o governo do estado, além de não tomar medidas preventivas, tem usado o espaço escolar público de forma pouco convencional.
É o que se verifica com a proliferação da empresa FOPE (Força Pré-Militar) nas escolas estaduais de Santa Catarina, com autorização expressa para que os captadores de "clientes" façam exposição de suas atividades nas escolas públicas para crianças de 5 a 17 anos.
O HumanizaSC vem denunciando o FOPE há algum tempo ao Ministério Público Estadual com imagens de crianças e adolescentes portando armas ou simulacro de armas. Veja AQUI como é o treinamento que a empresa faz com crianças, um tipo de treinamento para a guerra e não para a cidadania.
Teria a Escola Irmã Maria Teresa, alvo do ataque de ontem, recebido equipes de captação do FOPE para entrega de panfletos publicitários e divulgação dos cursos (pagos) de treinamento pré-militar de crianças? É preciso averiguar.
As imagens abaixo mostram um adolescente de 12 anos portando uma faca na cintura durante treinamento do FOPE.
A relação entre a violência nas escolas e o discurso de ódio e armamentismo é, sem dúvida, responsável pela onda de violência entre crianças e adolescentes nas escolas de todo o Brasil, em particular, em Santa Catarina. Nos últimos anos, diante da proliferação de Clubes de Tiro, flexibilização da venda de armas e munições, discursos de parlamentares à favor do uso de armamento por civis, temos visto o recrudescimento das ações de agressão em escolas, locais que deveriam ser protegidos
Desde a implementação de protocolos de segurança até a promoção da conscientização sobre saúde mental e habilidades de resolução de conflitos, existem várias estratégias que podem ajudar a prevenir a violência nas escolas. Ao investir nessas medidas preventivas, podemos criar um ambiente de aprendizado mais seguro e propício para nossos adolescentes.
O que, certamente, não previne as agressões armadas em escolas é a proliferação de discursos de ódio, de violência, da intolerância e do uso de armas.
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Veja o vídeo do momento em que funcionários tentam convencer o agressor a desistir dos ataques
FONTES: O MUNICÍPIO DE BLUMENAU e ND+
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