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NEONAZISMO ORGANIZADO EM SC

GAECO desmantela grupo neonazista em Santa Catarina

Imagem: Divulgação MPSC
Imagem: Divulgação MPSC

Operação Nuremberg:

o Brasil contra o neonazismo organizado.


No dia 31 de outubro de 2025, o Brasil deu um passo firme na luta contra o extremismo ideológico. A Operação Nuremberg, deflagrada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), revelou a existência de uma rede neonazista altamente estruturada, com atuação em diversos estados e raízes profundas em Santa Catarina.


A ação cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, São Paulo, Paraná e Sergipe. Os focos catarinenses foram os municípios de Cocal do Sul e Jaraguá do Sul, onde foram apreendidos materiais de apologia ao nazismo, armas brancas e símbolos associados à supremacia ariana — como o “Sol Negro”, um emblema que mistura ocultismo e violência, tendo ao centro a imagem de um fuzil AK-47.

Foram apreendidos diversos materiais de apologia ao nazismo, incluindo armas brancas como faca e "soco inglês". • Reprodução MPSC
Foram apreendidos diversos materiais de apologia ao nazismo, incluindo armas brancas como faca e "soco inglês". • Reprodução MPSC

Mas o que mais chamou atenção foi a sofisticação da estrutura interna do grupo. Os integrantes mantinham encontros presenciais regulares, utilizavam fóruns virtuais com perfis falsos e operavam com uma hierarquia definida: havia fichas de ingresso, camisetas exclusivas e até cobrança de mensalidades para os membros oficialmente “batizados”. O dinheiro arrecadado financiava propaganda e atividades do grupo, que se autodenominava “skinheads neonazistas”.


A escolha do nome da operação — “Nuremberg” — é simbólica e poderosa. Faz referência aos julgamentos realizados após a Segunda Guerra Mundial, que responsabilizaram líderes nazistas por crimes contra a humanidade. Assim como naquele momento histórico, a operação brasileira reafirma que o ódio organizado não será tolerado.

Réus nazistas observam pronunciamento dos juízes, 22/11/1945. Foto: HLS Nuremberg Trials Project. Archive ID: olvwork395360.
Réus nazistas observam pronunciamento dos juízes, 22/11/1945. Foto: HLS Nuremberg Trials Project. Archive ID: olvwork395360.

Reflexão necessária


A existência de grupos como esse, atuando de forma coordenada e silenciosa, nos obriga a refletir sobre os riscos da radicalização e da intolerância. O extremismo não é apenas uma ameaça distante — ele pode estar mais perto do que imaginamos, travestido de símbolos, discursos e encontros discretos.


A Operação Nuremberg é um alerta e um chamado à ação. Cabe à sociedade, às instituições e a cada cidadão manter-se vigilante, promover a educação para a diversidade e fortalecer os valores democráticos.


O papel da sociedade


Não basta que as instituições ajam. A sociedade precisa se posicionar. Precisamos parar de tratar o neonazismo como uma “opinião” ou uma “provocação”. Não é. É crime. É ameaça. É intolerância travestida de ideologia.


A liberdade de expressão não pode ser escudo para quem defende a eliminação do outro. E o combate ao extremismo não pode ser episódico — precisa ser constante, educativo e firme.


A Operação Nuremberg é um marco. Mas não pode ser um ponto fora da curva. Que ela sirva de alerta, de exemplo e de impulso para que o Brasil enfrente o extremismo com a seriedade que ele exige. Porque onde há organização do ódio, deve haver organização da justiça.

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