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O Brasil não quer armas

Pesquisa inédita revela que arma não significa mais segurança


Pesquisa sobre Segurança Pública realizada no Rio de Janeiro e em São Paulo, em Março de 2024, produzida pela NUMEN DATA e BASELAB, mostra que a população não acredita que armar a população significa mais segurança.


Sendo estes dois estados os maiores colégios eleitorais do país, podemos considerar que o resultado desta pesquisa reflete a opinião média de toda a população brasileira; ainda que em alguns estados mais conservadores os números podem ser diferentes, outros estados populosos são compostos por maioria progressista e anti armamentista.



Esta pesquisa apenas reforça a Campanha que o HUMANIZASC lançou na semana passada sob o lema MAIS LIVROS MENOS ARMAS.

Leia e assine o Manifesto AQUI



A pesquisa fez as seguintes perguntas aos entrevistados:


  • Qual sua opinião sobre o Armamento da População?

  • Sobre a Maioridade Penal?

  • Sobre a atuação da Polícia Militar?

  • Sobre a frase "bandido bom é bandido morto"?

  • Sobre a Saidinha dos presos em datas especiais?


A pesquisa separou as respostas por gênero, idade e escolaridade.


Nesta matéria iremos mostrar, apenas, o resultado sobre o que pensa o eleitor de São Paulo e Rio de Janeiro à respeito do armamento nas mãos da população.


Ao contrário do que parlamentares da bancada da bala pregam, os que incentivam o uso de armas entre civis, podemos concluir claramente que a imensa maioria, ou dois terços dos entrevistados, não concordam com a teoria de que armas promovem mais segurança. Pelo contrário, quase um terço dos que responderam a pesquisa acreditam que armas aumentam a violência.


Abaixo, apontamos recortes dos os resultados para análise.


QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O ARMAMENTO DA POPULAÇÃO?

geral

São Paulo
Rio de Janeiro

Acreditam que mais armas significa mais segurança:

Em SP 29,3% concordam, sendo que apenas 20,5% são mulheres.

No RJ 22,7% concordam, sendo 12,8% são mulheres, quase metade que em SP.


Mais armas não muda nada na segurança:

Em SP 34,2% concordam e 38,9% são mulheres.

No RJ 38,9% concordam e 43,2% são mulheres


Mais armas aumenta a violência:

Em SP 31,9% e 35,9% são mulheres.

No RJ 28,9% e 31,5% são mulheres


Diante deste resultado, vemos que as mulheres se opõem ao uso de armamento muito mais que os homens. Sabemos que mais da metade das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres e, portanto, temem pela segurança de seus filhos.


Se levarmos em conta que Mais armas não muda nada na segurança e Mais armas aumenta a violência são respostas de quem não acredita que armas trazem mais segurança, é fácil concluir que estas duas respostas são de entrevistados que não concordam com o uso de armas.

Assim, somam 66,1% em SP e 67,8% no RJ aqueles que não concordam com as armas em circulação.


No Rio de Janeiro, estado onde o crime organizado e a milícia atuam com muita força, apenas 12,8% das mulheres acreditam que arma significa mais segurança (contra 34,7% dos homens) e 43,2% delas acham que a segurança não melhora nem piora com mais armas nas ruas.

Esse dado é muito interessante se levarmos em conta a alta taxa de homicídios de civis no estado, onde tiroteios entre facções criminosas em comunidades tornou-se recorrente e balas perdidas invariavelmente alcançam crianças.



QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O ARMAMENTO DA POPULAÇÃO?

por idade


São Paulo
Rio de Janeiro

O dado interessante deste recorte é que, em SP, os mais velhos, de +60 anos, são os que os que mais acreditam que armas significa mais segurança (37,5%), enquanto no RJ são os 25-44 anos (25,2%), pouco acima dos +60 (24,5%).


No bloco dos que acham que mais armas não muda a segurança, em SP praticamente todas as faixas etárias se comportam da mesma forma, sendo os 16-24 anos ligeiramente mais numerosos.

Já no RJ, os +60 são os que menos acreditam que mais armas não muda a segurança, enquanto todas as demais faixas são muito próximas.


Em SP, entre os que acham que armas aumenta a violência, a faixa etária 45-59 anos é quem mais se destaca (40,2%), enquanto no RJ são os +60 anos (34,4%) seguidos dos 16-24 anos (33,5%).



QUAL SUA OPINIÃO SOBRE O ARMAMENTO DA POPULAÇÃO?

por escolaridade


São Paulo
Rio de Janeiro

Em SP, 42,5% dos sem escolaridade são os que mais concordam com mais armas significa mais segurança, seguidos dos com ensino fundamental (34,7%). Os com maior tempo de escolarização, ensono médio e superior, são os que menos acreditam (24,6% e 30,5% respectivamente.

A parcela dos sem escolaridade são a maioria dos que pensam que mais armas não muda a segurança (45,2%) e a menor quantidade entre os que acreditam que aumenta a violência (12,3%).

Os entrevistados de nível superior são maioria dos que acreditam que armas aumentam a violência (38,9%).


No RJ os sem escolaridade são ainda maiores: 51,3%, mais da metade do total dos que acreditam em mais armas, mais segurança, e são os que menos acreditam que armas não mudam a segurança (17,8%).

Os entrevistados de nível de escolaridade superior são, como em SP, os que mais acham que armas aumentam a violência (33,4%)


***


Oportunamente publicaremos os demais resultados da pesquisa NUMEN DATA e BASELAB sobre Segurança Pública.

Caso você, leitor, tenha interesse no conteúdo integral da pesquisa, envie e-mail para movimentohumanizasc@gmail.com que encaminhamos o conteúdo.


***

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA PESQUISA


LOCAL: SÃO PAULO, SP.

45,9% Homens - 54,1% Mulheres

16-24 anos - 11,0%

24-44 anos - 39,5%

45-59 anos - 25,5%

+60 - 23,9%

Sem escolaridade - 5,4%

Ensino Fundamental - 23,3%

Ensino Médio - 48,0%

Nível Superior - 23,3%

PERÍODO DE CAMPO: 26 E 27 DE MARÇO DE 2024.

NÚMEROS DE ENTREVISTAS: Foram realizadas 817 entrevistas.

INTERVALO DE CONFIANÇA / MARGEM DE ERRO: O intervalo de Confiança é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 3,5% pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

UNIVERSO AMOSTRAL: Eleitores e eleitoras residentes no São Paulo com 16 anos de idade ou mais selecionados aleatoriamente pelo discador. Foi aplicada uma ponderação paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade e grau de instrução. As entrevistas foram realizadas por um sistema telefônico automatizado IVR. É disparada uma mensagem de voz gravada para as 4 operadoras de telefonia celular de residentes São Paulo e o entrevistado responde pelo teclado do telefone.


LOCAL: RIO DE JANEIRO, RJ.

45,5% Homens - 54,5% Mulheres

16-24 anos - 12,6%

24-44 anos - 37,5%

45-59 anos - 23,6%

+60 - 26,2%

Sem escolaridade - 6,0%

Ensino Fundamental - 30,8%

Ensino Médio - 50,4%

Nível Superior - 2,8%

PERÍODO DE CAMPO: 18, 19 E 20 DE MARÇO DE 2024.

NÚMEROS DE ENTREVISTAS: Foram realizadas 807 entrevistas.

INTERVALO DE CONFIANÇA / MARGEM DE ERRO: O intervalo de Confiança é de 95% e a margem de erro máxima estimada é de 3,5% pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.

UNIVERSO AMOSTRAL: Eleitores e eleitoras residentes no Rio de Janeiro com 16 anos de idade ou mais selecionados aleatoriamente pelo discador. Foi aplicada uma ponderação paramétrica para compensar desproporcionalidades nas variáveis de sexo, idade e grau de instrução. As entrevistas foram realizadas por um sistema telefônico automatizado IVR. É disparada uma mensagem de voz gravada para as 4 operadoras de telefonia celular de residentes do Rio de Janeiro e o entrevistado responde pelo teclado do telefone

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